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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Eleições: Um assunto sério não levado a sério.




Boa tarde a todos.

Eu tive a ideia de fazer o post de hoje depois de ver no facebook pessoas com a seguinte frase "Diga não ao voto obrigatório no Brasil". Fiz um pequeno texto lá, algumas pessoas viram, curtiram e tal. Mas, eu acho que seria legal trazer pra cá o tema porque é algo sobre o qual se traz uma boa discussão.

O interesse do brasileiro por política é absurdamente pequeno e isso não é um fato novo. Eu mesmo só comecei a me interessar por política quando vi um careca magrelo de braba preta longa falando gritado com o primeiro movimento da 5ª Sinfonia de Beethoven de fundo. Ficava me perguntando o porque de ele falar daquela forma, o que ele queria com tudo aquilo, mas eu era pequeno e logo esquecia. Conforme se cresce, você começa a ter que olhar pra política com um ar mais sério, porque você finalmente entende que aquilo vai influenciar na sua vida, você se interessando ou não. A diferença é que: se você se interessa, você tem como argumentar contra as coisas erradas que vir; se você não se interessa, você não terá nem como argumentar porque, logicamente, não vai saber como foi que aquilo aconteceu, ou quem foi que impôs aquilo para o povo.

As eleições no Brasil PRECISAM ser obrigatórias, porque imagine as eleições não sendo obrigatórias: uma minoria de eleitores se daria ao trabalho de acompanhar os horários políticos, estudar as propostas dos candidatos, assistir aos debates, conversar com amigos, parentes, ver quem seria o melhor concorrente para um determinado cargo e finalmente perder um tempinho do domingo para ir às urnas e votar. Aí, um filho da puta mal-intencionado do alto escalão do governo vai dizer que essa parcelinha do povo que foi às urnas não tem voz suficiente para ditar a vontade de um povo todo com relação a um cargo político de influência. E daí? E daí que é questão de tempo até ele apresentar uma proposta para tornar as eleições indiretas como eram antigamente antes do senador Teotônio Vilela em 1983 encorajar o povo a fazer a passeata "Diretas Já!" e finalmente a mudança da Constituição em 1988, com a confirmação de que o povo elegeria seus líderes. E o filho da puta mal-intencionado vai ter razão, porque, sendo otimista a um nível utópico, apenas 30% da população terá ido votar, e que as escolhas de lideranças carecem de voltar a ser realizadas apenas por membros do governo, já que o povo não demonstra interesse no que acontece com a política do país ou fora dele.

Nós elegemos como Deputados Federais, nas últimas eleições, um jogador de futebol falido e um palhaço que precisou fazer teste para sabermos se ele sabia se quer ler e escrever, o que ainda é discutível pela forma que fizeram o teste, o primeiro por causa da fama que ele tinha e o segundo porque nos fez rir no horário eleitoral, fora outros não tão conhecidos e de índole discutível. Desculpem-me aqueles que não votaram de forma errada, mas VÁ PRA PUTA QUE PARIU você que votou no Tiririca ou no Romário. Eu acho engraçado: as pessoas que eu sei que votaram no Tiririca são as mesmas que odeiam horário político e que preferem debater vida de personagem da novela das oito a prestar atenção em horário político procurando alguém com cara de honesto pra votar.

Sinceramente, me responda uma coisa: por que o voto deveria ser opcional? Para você poder começar o dia bebendo? Ou para você poder começar a organizar o churrasco do domingão? Ou então para não precisar sair do churrasco à tarde pra ir votar? QUAL É O SEU PROBLEMA? Você vive no Brasil e não quer saber o que estão fazendo com o dinheiro que você paga de imposto? Não se importa com quem vai administrar esse dinheiro? Pense direitinho. O Brasil não precisa de pessoas como você, mas ele grita pedindo ajuda a pessoas que estudam os candidatos antes de escolher quem vai organizar a bagunça lá em Brasília.

Ano que vem, 2012 é ano do fim do mundo de eleições municipais. Use essas eleições como um treino para 2014, para que você aprenda a votar direito e, quem sabe, escolher pessoas com um mínimo de rigor e requisitos ao invés do mais bonitinho, a mais gostosa, ou o mais engraçado para representar você na capital federal.

Aquele abraço.

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